terça-feira, 11 de maio de 2010

certas escolhas valem a pena.

no momento de decisão parece que nada faz sentido, estamos ali na linha do trem sem saber se passamos para um lado ou para o outro. o trem vindo em nossa direção e por mais que a gente tente correr pela própria linha, sabemos que se assim continuarmos mais cedo ou mais tarde ele, o trem, ou ela, a vida, passa por cima da gente sem dó, nem piedade. e é ai que a gente pula... pra um lado ou pro outro. os mais espertos analisam com a razão a escolha do coração, tiram um coeficiente comum e pronto. outros, e digo mais, a maioria de nós, acaba escolhendo mais pela razão ou mais pelo coração, de acordo com aquilo que já viveu, com seus medos, suas angustias, suas vontades, seus sonhos.
no exato momento da decisão nada faz sentido, é como se qualquer um dos lados fosse dar na mesma luz do fim do túnel, isso quando a gente enxerga a luz... mas se cabe aqui um ditado clichê: tudo acaba bem, se não esta bem é por que ainda não acabou.
se naquele momento nada faz sentido, depois de alguns dias, alguns meses, alguns anos, algumas experiências de vida, algum tempo, algumas respiradas tudo parece mais calmo e a gente entende que as coisas são como são, e chegamos até a entender o motivo de nossas escolhas. ta certo, não é sempre que acertamos, mas é verdade que só por ter saído da inércia, só por ter tirado do peito a angustia de correr do trem e nunca sair do lugar, só de ter tirado o peso da fuga das costas já vale por tudo, até pelos erros.
e dai você percebe que tudo é uma combinação de atos... quando falamos de relações principalmente.. sejam elas entre homens e mulheres, entre amigos, entre parentes... sua decisão gerou conseqüências para todos os lados, e sua decisão foi aceita pelo outro lado também, é ai que eu digo que não saber se colocar também é decidir, é decidir por abrir mão, é deixar que alguém resolva algo por você, algo que você teria decidido melhor, ou pior, mas com sua própria responsabilidade.
enfim, com o tempo, e as ‘respiradas’, tudo fica mais fácil de aceitar, de engolir.. e você vê que a graça da vida esta mesmo nas mudanças, e nas lembranças, e nas saudades que tudo aquilo que passou deixou...




ainda precisando de tempo pra ver certas graças, mas não mais pra sentir as saudades...






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“eu podia até tentar acreditar nessa ilusão, não sei por que, viagem errada então...”